O que há de sagrado no manto?

O torcedor rubro-negro que foi ao Barradão no último sábado, 01º, viu seu time vestindo um uniforme diferente. A Penalty, fornecedora do material esportivo, lançou um terceiro uniforme de jogo, nas cores vermelha e cinza. Geralmente, uniformes desse tipo são lançados em datas comemorativas. Pode ter havido falha na apuração deste repórter que vos "fala", mas encontrei apenas um fato que sugere algum tipo de celebração: Em 13 de setembro de 1903, o Vitória fez seu primeiro jogo como equipe de futebol profissional, na partida em que venceu o São Paulo-Bahia (time da Colônia Paulista na Bahia). O fato é curioso porque justamente nessa partida o Leão estreou seu uniforme rubro-negro. Hoje, 108 anos depois, o Vitória acinzentou seu manto. Cinza é cor que expressa neutralidade, falta de brilho. E, cá entre nós, ô corzinha sem graça!

Não sei a opinião da maioria da torcida, mas acredito que o marketing do clube e os designers da Penalty deveriam levar em consideração algo importante: O escudo do time e as cores tradicionais são, também, elementos construtores da história do clube. Possibilitam a sacralização daquilo que é, aos olhos de um ser humano comum, uma simples camiseta. Apenas duas cores: vermelho e preto. Suficientes para colorir o mundo do torcedor do Vitória. Sem maiores surtos de criatividade.